terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ser Humano. Que é isso?




Depois de alguns dias de ferias retomo meus estudos, agora nao mais por obrigaçao academica, mas por prazer. E justamente, por nao precisar cumprir protocolos institucionais, e sim existenciais que a nova pesquisa se torna um "orgasmo intelectual". Tentarei buscar na historia da filosofia um entendimento sobre a concepçao de quem é o ser humano. Esse ser, oras desesperado, oras solidario, oras egoista, ora corajoso, ora medroso, ora crente, ora ateu... esse ser de contradiçoes...

Entender quem é o ser humano para mim é fundamental, pois considero essa compreensao o ponto de partida para muitas outras questoes. Por exemplo, como posso refletir, discutir sobre a realizaçao, fundamentaçao dos Direitos Humanos, se nao possuo uma compreensao a cerca da natureza humana. Como discutir politica, etica, moral, cultura sem entender quem é o ser humano?

Ao mesmo tempo que parto em busca de uma resposta, sei que muitas outras perguntas surgirao e de que uma resposta finita sera impossivel. E nem tenho a pretençao de encontrar uma uma unica resposta, pois os grandes males que vivenciamos sao frutos de convicçoes...


Porem tentarei entender quem é esse ser humano. Pra que ser humano? qual a finalidade da existencia humana?


Ja estou gostando do inicio, o fim da pesquisa (lontano ancora) sera mais degustador, pois sera humano....


Quem é o ser humano? Para que ser humano? Para quem ser humano?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

E a tristeza bateu...



Hoje acordei com aquela dor, que nao sei de onde veio e por que veio, so sei que doi... faz chorar e repensar mil vezes as opçoes e o porque de estar aqui, nesta terra lontana do meu cantinho, do meu lar... Mas a dor aumentou qdo me dei conta de que ainda naum descobri onde é meu cantinho... Mas sei muito bem onde é meu lar! E é dele que sinto saudades... eu so queria passar uma noite nele, reabastecer minhas forças e voltar... mas a vida naum permite. Ou é la ou é ca. Desejos, sao eles que nos fazem sofrer. Porque desejamos tanto? Seria tao simples se naum desejassemos nada... simplesmente viver por viver... acordar sem a preocupaçao do anoitecer... anoitecer sem a preocupaçao do amanhecer... viver sem cobranças... viver sem medo... viver!!!

Escolhas, elas nos privam de muitas coisas... se escolhemos isso, naum temos aquilo, se escolhemos aquilo naum temos isso... mas ao escolher isso desejamos aquilo, ao escolher aquilo desejamos isso... O pior de tudo é que nao temos a escolha de nao escolher. Somos obrigados a escolher... E ainda nos consideramos livres... doce ilusao!

Porque tornamos tao complexo o viver? Porque nunca nos saciamos com o que temos?

As vezes gostaria de naum sentir nada. Naum sentir amor por ninguem, porque assim nao sofreria, nao me comprometeria, nao me responsabilizaria... mas eu sinto... eu amo... e doi viver longe das pessoas que amamos... doi viver do lado da pessoa que amamaos e nao nos sentirmos amados... Doi viver no meio de muitas pessoas e sentir-se so. Acho que isso é o pior: estar rodeada de pessoas e sentir-se so.

Outras vezes gostaria de nao ver, nao pensar, nao crer, nao esperanciar nada... porque ae tudo se tornaria normal e seguiria normalmente os dias... Mas eu vejo! Eu Penso! Eu creio! eu Espero! consequentemente sofro. Mas ser humano é sofrer?

Quantos caminhos teremos que percorrer para sabermos o porque de vivermos? teremos que provar a cada dia um novo caminhar? Vivemos justamente para isso: para descobrir o porque de vivermos? Mas se eu morresse amanha, o que mudaria? nada? tudo? Entao, vivemos para morrer ou morremos para viver?

Sera que um dia encontrarei respostas as minhas perguntas e deixarei de chorar, de sofrer?

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Sobreviver ou Viver?


Essa semana escutei, em uma camapanha publicitaria para arrecadar fundos à uma Instituiçao de carentes, a frase: "Ajude essas crianças a saber o que é viver e nao o que é sobreviver" e isso me fez pensar. Primeiro pensei de como tudo na vida depende da interpretaçao de cada um e de como os conceitos provocam transtornos em nossa vida. Hitler, estava convencido de que a sua interpretaçao de vida provocaria a salvaçao da raça pura e que somente esta deveria sobreviver. Senhores Feudais acreditavam que "negros" eram mercadorias e poderiam compra-los e vende-los o momento que melhor lhe dispussesse. Alguns missionarios, na America Latina, acreditavam que indios nao tinham alma, precisavam serem batizados para serem salvos. Na Chinha a muralha separava os "mundos": capitalismo e socialismo. Na Africa o Muro de Berlin e tantas outras "verdades" inefaveis, que na verdade, nao eram tao verdades assim... Em meio a esse pensamento rapido, venho de subito as perguntas: o que é viver? o que é sobreviver? Imediatamente me veio a resposta: depende do ponto de vista. Ora, de uma otica capitalista, viver é TER. Ter casa, carro, dinheiro, roupas "de marcas"... logicamente, sobreviver, é nao TER. De uma otica liberal, cada um vive como acha melhor, ninguem interfere na vida de ninguem. De uma otica catolica, viver é aceitar aquilo que Deus nos proproe, fazendo sempre o bem para "ganhar" o ceu... E assim por diante.

Mas como posso ajudar a uma pessoa saber o que é viver, se ninguem ao certo sabe o que é viver? Infelizmente, submergidos no capitalismo, entendemos que viver é TER, e o pior de tudo que tormanos essa a nossa verdade "inefavel". Partindo dessa otica pressumimos que para alguns viverem outros, necessariamente, sobrevivem. Pois é impossivel todos terem tudo... se eu tenho dois litros de leite na minha geladeira é porque na geladeira de alguem nao tem nenhum... Indignante isso!

Mas o que é viver? Cheguei a uma conclusao, porem nao uma conclusao fechada, uma conclusao mais como um norte para seguir a reflexao, que viver é SER (nada de novo nisso, todo mundo diz isso!) E para ser é preciso tirar todos esses acessorios que acrescentamos e cultivar o Amor, o respeito, o cuidado consigo, com o outro e com o Transcendente.

sábado, 22 de dezembro de 2007

NASCER


Quando se aproxima o tempo do advento, sempre bate forte em mim duas palavras: nascer e morrer. Dois misterios da vida humana. Duas constantes em nossa vida. Da mesma forma que nascemos, morremos: despidos de tudo.
é na simplicidade que nasce a vida, na ausencia do superfulo, em meio ao amor, à amizade, ao reconhecimento, ao cuidado e à acolhida. Foi assim o nascimento de Cristo: em uma manjedoura, numa estrebaria... Total desapego, simplesmente deixou-se a vida brotar, nascer.
E de forma inesperada a morte surge, e com ela tantas incompreensoes, pois a vida chega ao seu fim... A alegria do nascer transformar-se na tristeza do morrer e na esperança do Re-encontro, do face-a-face... e a morte provoca-nos a mudar, a transformar, a buscar...
Nesse tempo de Advento, é interessante trazer essas duas dimensoes a nossa vida pessoal. Ir a manjedoura da nossa existencia e deixar brotar a vida que aprisionamos: nossos sonhos, nossos sentimentos, nossos objetivos... acolher tudo isso com amor e proporcionar um espaço para que nasçam... Ao mesmo tempo, deixar morrer aquilo que impede a vida nascer: nossos vicios, luxos, teimosias, orgulho, rancores...
O Exercicio é desafiador, pois, ir a manjedoura, é encontrar-se consigo mesmo e com o Outro. é livrar-se de mascaras, é libertar-se do medo e aceitar-se. Mas o encontro é extasiante, pois sentir a vida nascendo em nos é simplesmente indescretivel... E o melhor de tudo é percebermos que o SER sempre é maior que o APARECER!
Neste Natal, entoamos a Deus, cantos de Louvor e agradecimento pela vida e que o Menino Jesus provoque muitos "nascer" e "morrer" em nos.