
Quando se aproxima o tempo do advento, sempre bate forte em mim duas palavras: nascer e morrer. Dois misterios da vida humana. Duas constantes em nossa vida. Da mesma forma que nascemos, morremos: despidos de tudo.
é na simplicidade que nasce a vida, na ausencia do superfulo, em meio ao amor, à amizade, ao reconhecimento, ao cuidado e à acolhida. Foi assim o nascimento de Cristo: em uma manjedoura, numa estrebaria... Total desapego, simplesmente deixou-se a vida brotar, nascer.
E de forma inesperada a morte surge, e com ela tantas incompreensoes, pois a vida chega ao seu fim... A alegria do nascer transformar-se na tristeza do morrer e na esperança do Re-encontro, do face-a-face... e a morte provoca-nos a mudar, a transformar, a buscar...
Nesse tempo de Advento, é interessante trazer essas duas dimensoes a nossa vida pessoal. Ir a manjedoura da nossa existencia e deixar brotar a vida que aprisionamos: nossos sonhos, nossos sentimentos, nossos objetivos... acolher tudo isso com amor e proporcionar um espaço para que nasçam... Ao mesmo tempo, deixar morrer aquilo que impede a vida nascer: nossos vicios, luxos, teimosias, orgulho, rancores...
O Exercicio é desafiador, pois, ir a manjedoura, é encontrar-se consigo mesmo e com o Outro. é livrar-se de mascaras, é libertar-se do medo e aceitar-se. Mas o encontro é extasiante, pois sentir a vida nascendo em nos é simplesmente indescretivel... E o melhor de tudo é percebermos que o SER sempre é maior que o APARECER!
Neste Natal, entoamos a Deus, cantos de Louvor e agradecimento pela vida e que o Menino Jesus provoque muitos "nascer" e "morrer" em nos.